Não é coincidência que o livro de Rute se encontra nas Escrituras entre dois livros de hostilidade, conflito e guerra. É, certamente, uma luz brilhante num mundo escuro.
Este livro fascinante ilustra claramente como bênção pode brotar das nossas falhas, sem justificá-las, pois o desvio de Elimeleque, enfim, resultou na conversão de uma moça moabita: Rute, que veio a ser ancestral do grande rei, Davi, e, posteriormente do próprio Senhor Jesus Cristo.
Ficamos admirados como um amor romântico floresceu entre um belemita abastado, Boaz, e uma pobre estrangeira, agora convertida a Jeová: Rute. Acompanhamos, com prazer, o desenvolvimento desse amor no contexto de pureza absoluta e respeito mútuo.
No desenrolar dos acontecimentos do livro, damos conta de mais um assunto encantador: o amor reverencial de uma viúva (Rute) para com a mãe do seu marido falecido (Noemi). Um amor do tipo mais puro, altruísta e extraordinário. Noemi, completamente desamparada pela morte do seu esposo, Elimeleque, e seus dois filhos, Malom e Quiliom, encontrou-se numa situação desesperadora, pois não havia posteridade. Contudo, devido às ações benéficas de Rute, e o casamento desta com Boaz, Rute, por fim, pôs nos braços da sogra um “remidor”, ou seja, um herdeiro, Obede. Assim, amanheceu um dia ensolarado na vida de Noemi.
Então, com razão o livro não é chamado de “Boaz” ou “Noemi”, mas de “Rute”.